Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito Eugênia-Aspásia.

Quando estiver em crise conjugal séria, quer se trate de casamento (formal ou não), noivado ou namoro, pergunte-se:

1) A pessoa está refletindo algum aspecto mal resolvido de você mesmo(a), que precise ser trabalhado? Se você se desvincular de alguém, sem passar por essa reflexão e mudança, poderá atrair outrem com problemas idênticos, talvez em nível piorado, por adiar, com isso, questão grave, a cuja resolução a vida o(a) convoca, através de uma crise afetiva.

2) É caso de tolerar um pouco mais? Teria você um compromisso educativo ou responsabilidade existencial com o(a) consorte imaturo(a)? Se você se afastar de um reclamo da consciência ou – se preferir a palavra – de um “carma”, atrairá circunstância similar, em padrão provavelmente agravado, em função de sua fuga moral ou espiritual.

3) Ainda que você conclua que nada mal resolvido de si esteja sendo projetado ou espelhado no(a) companheiro(a) de jornada romântico-sexual (quiçá familiar, se houver filhos envolvidos, o que muito exacerba a contingência e, portanto, maior prudência exige), medite e pondere, quanto puder: não estaria você nutrindo expectativas exageradas de felicidade ou inclinado(a) excessivamente às facilidades culturalmente inculcadas pela cultura moderna?

Não tenha pressa em repelir o que, com boa probabilidade, pode lhe constituir a graça de Deus travestida de dificuldade, porquanto, afinal de contas, somente por meio de empecilhos e desafios (que não implicam permissividade ante abusos crassos ou desrespeitos sistemáticos), ampliamos as faculdades do espírito, amadurecemos psicologicamente, tornamo-nos pessoas melhores.

(Psicografia de 10/01/2014.)