Livre-arbítrio sem discernimento constitui porta escancarada à perda da própria liberdade.

Somente com espírito de reflexão judiciosa, com apurado senso crítico e autocrítico, com noção clara de princípios éticos e valores humanitários, pode o ser humano fazer escolhas mais conscientes, mais acertadas para o próprio e o bem comum.

A paixão pela vontade satisfeita lembra o impulso bestial, na selva, ou o capricho mimoso de uma criança, no seio de uma civilização dita avançada.

Liberdade, em sua acepção profunda, entrelaça-se inarredavelmente com o foco da responsabilidade amadurecida, no cadinho do critério do aprimoramento de indivíduos e coletividades, apresentando tanto respeito a tradições, em sua parcela de conteúdo intemporal, quanto abertura corajosa à mudança, de conformidade com os fluxos evolutivos de procedência divina.

Quem se confia a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, seguindo as correntezas rasas do interesse egoico e momentâneo, sem qualquer consideração pelos sentimentos e necessidades alheios, presume se beneficiar, mas apenas se rende ao exato padrão mental que o(a) sintoniza com as forças da desagregação e que o(a) arrojará, agora ou além, de modo imprevisível, ao precipício de males incalculáveis para si e para quem esteja em seu campo de influência pessoal.

Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Bethel, CT, região metropolitana de Nova York, EUA
11 de junho de 2020