Ou monge(ja) ou monstro(a)

ou monje ou monstra

Se você se dedica a uma atividade em que haja forte entrechoque entre as Forças da Luz e as da treva, necessariamente se faz canal de Uma ou da outra: ou se converte num(a) monge(ja) ou se transforma, de um modo ou de outro, num(a) monstro(a).

Cabe, todavia, estender o princípio a todas as áreas de atuação humana, porque, em última análise, onde é que não existe o embate entre o bem e o mal?…

Em nível filosófico profundo, as fronteiras entre o bem e o mal se diluem. Mas, em termos pragmáticos, recorde-se de que há, no domínio da ação humana, toda ordem de fanatismo, terrorismo, preconceito, perversidade, injustiça…

Trata-se, portanto, de dever imperioso que você se aplique em fazer o bem, quanto esteja ao seu alcance, desde práticas de oração e meditação diárias e de integração a grupos de busca semanal de Espiritualidade autêntica, até o empenho benemérito em servir à fraternidade e à sabedoria, em todos os âmbitos existenciais, do profissional ao familiar, do acadêmico ao social, do filantrópico ao da militância por causas humanitárias, ecológicas e espirituais.

A neutralidade moral é uma quimera, quando não configura uma tenebrosa falácia, no sentido psicológico, espiritual e até sociopolítico. Como lecionou Nosso Mestre e Senhor JESUS, não se pode servir a dois senhores. Quem não se devota ao bem, inelutavelmente se constitui em colaborador(a) do mal, inclusive por meio daquela que é uma das mais bem-acabadas de suas manifestações: a da negligência criminosa que se converte em pacto de cumplicidade pela omissão.

Cuidado com o cinismo comodista que tudo relativiza, com apelo a argumentos pseudointeligentes, criando justificativas para a indesculpável fuga do esforço pessoal urgente, permanente e intransferível de escolher a sintonia com o bem… ou você acabará se tornando, inapelavelmente, um joguete usado e abusado pelas potestades do mal, a prejuízo, primeira e mormente, como é óbvio inferir, de si próprio(a).

Eugênia-Aspásia (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Aracaju, 4 de janeiro de 2018

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