Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.

Procure estar atreito às vibrações da fraternidade. Não é necessário que você incorpore completamente o padrão do amor universal, nem isso seria possível (porque a evolução completa do espírito não se dá “da noite para o dia”), mas atrelar-se a este padrão significa fazer esforços sistemáticos, no sentido de disciplinar-se para agir de forma amorosa, o que se costuma chamar de caridade.

Quem vive o amor plenamente se torna amor, não precisa fazer o exercício da caridade, da fraternidade, porque já é fraternidade. Mas através de esforços continuados, podemos lentamente depurar nossos espíritos e nos converter em espelhos refletores da Luz Divina, ainda que com muitas distorções, ainda que com muita pobreza de irradiação.

Portanto, neste dia de Natal, façamos a proposta interna de revolucionar nossas vidas, visando a aplicar aquilo que Nosso Senhor Jesus propugnou fizéssemos há quase dois mil anos. Hoje, mais do que em outros dias, pela convenção desta data proposta pelas tradições cristãs, que nos galvaniza o ideal, pela somação de vibrações de expectativa esperançosas de milhões de criaturas, de importância capital que nos concitemos a dar o grande salto da fé, na direção dos altiplanos espirituais. Que aproveitemos esse ensejo de estarmos ativos, operacionais, lúcidos, saudáveis, ainda que relativamente apenas, para, neste exato momento, sem mais procrastinações, fazermos aquilo que pudermos pelo nosso e pelo bem de outras pessoas – assim otimizando a utilização construtiva dos recursos de nossas existências, maximizando a presença do Divino em nossos próprios corações, em nossas vidas, e nas existências de quantos pudermos alcançar.

Fazendo-nos um pouco mais crísticos, ainda que este fanal, no sentido pleno, esteja distante de qualquer um de nós, postulemos a fé prática, a fé aplicada, a fé em obras, como proposto pelo apóstolo Paulo, em uma de suas epístolas, escrita também há vinte séculos transatos.

Pensemos, prezados amigos, destarte, que Natal é dia de meditação mais acendrada, no intuito de assimilarmos, em nossas consciências, mas, sobremaneira, transbordando em atitudes o espírito fraterno, indulgente e solidário proposto por Jesus, tornando-nos assim mais condignos com a alcunha que colocamos inscrita sobre nossa fronte: “cristãos espíritas”.


(Mensagem recebida psicofonicamente na reunião pública do Espaço Emes de 25 de dezembro de 2005 – realizada sempre aos domingos, às 19 h e 30 min em Aracaju, Sergipe.)