Falhas, lamúrias e socorros celestes_ Nicolas Poussin (1634-1636) (1)

Não só falhas descobriremos em nós mesmos(as), com o amadurecimento psicológico e espiritual. Há potenciais maravilhosos por serem detectados e desenvolvidos em nossas almas… no correr dos séculos sem-fim de jornada evolutiva que à frente nos aguarda…

Padrão de lamúria, em relação a si, aos(às) outros(as) ou à vida, demonstra, em nível profundo, fuga à responsabilidade pela realização pessoal e revolta contra Deus, na bizarra postura de Lhe atribuir culpa pelo que esteja acontecendo.

A rota descendente da reclamação sistemática nos constituiria um poço sem fundo, não fossem as grandes dores e, quando possível, os sagrados amores, que são postos em nossas veredas existenciais, resgatando-nos de nós próprios(as), dentro da matéria densa ou fora dela, sobremaneira por meio do instituto da reencarnação, com seu recurso extraordinário de nos bloquear as memórias espirituais (incluindo nossas identidades pregressas) e o magnífico expediente correlato do mergulho em contextos inteiramente novos de estímulos ao aprendizado e desafios evolutivos.

Não aguardemos, porém, por essa dramática providência de última instância, em tão afastada ocasião do futuro. Procuremos viver novas existências, dentro de uma mesma reencarnação – quando estivermos integrados(as) a corpos físicos –, aprendendo a nos renovar por dentro e recomeçar por fora, quantas vezes se façam necessárias, de modo a desdobrarmos os ideais que nos vão n’alma, de acordo com o que seja possível concretizar, nas circunstâncias socioculturais em que estejamos inseridos(as).

Eugênia-Aspásia (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
18 de maio de 2018