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(Benjamin de Aguiar) – Estamos vivendo a coqueluche de bilheteria do filme “Nosso Lar”, que, quando escrevo estas linhas, ultrapassa a marca de um milhão de espectadores brasileiros. Teria algo a dizer sobre isso?

(Espírito Eugênia) – Sim, quando afirmamos que entre 2010 e 2012 entraríamos numa nova fase para a Espiritualidade no Brasil, não nos referíamos tão-só à nossa Organização, mas a todos os movimentos de vulto nacional e internacional que tangenciem a Espiritualidade, aos moldes kardecistas, sobremaneira. Não foi por acaso que, quase concomitantemente, houve o lançamento do filme biográfico de Chico Xavier e a nossa entrada em transmissão nacional de TV pela Sky. Já com relação à estreia da versão cinematográfica de “Nosso Lar”, fizéramos, dias antes, o Grande Evento Maria Cristo 2010, para homenagear a Descida de Nossa Mãe Maior sobre a Crosta terrena. Há mais do que mera sincronicidade nesses paralelismos. Houve planejamento orquestrado da Espiritualidade Superior, que é Uma Só (*).

(Delano Mothé) – Como ajudar pessoas deprimidas, com fixação crônica no padrão do desânimo, da derrota, do vitimismo, da lamúria, da desesperança? E o que revelam a impaciência e a irritação dos que tentam, de longa data, ajudar este tipo de sofredores, sem qualquer êxito ou perspectiva de melhoria dos assistidos?

(Espírito Eugênia) – Você me enfeixou uma sequência complexa de perguntas, querido Delano. Talvez o meu “bem-querer” não seja muito bem retribuído (risos). De trás para frente, vamos tentar elucidar suas questões: a irritação, intrinsecamente considerada, revela o fenômeno da “distimia”, que, em psiquiatria, significa, grosseiramente dizendo, uma depressão branda, que preferiríamos denominar de “depressão masculina” ou “depressão desviada”, já que os homens tendem a converter as inclinações depressivas em agressividade. Segundo, quando nos incomodamos muito com uma certa questão, ela alude a assuntos nossos (normalmente enterrados no fundo fosso do inconsciente), do presente ou do passado, querendo dizer que estamos laborando em nossa “área de desconforto”, o que implica também afirmar “campo evolutivo” e “programa existencial previamente definido”. Entrementes, como afirmei recentemente (em uma máxima publicada via Twitter, a ser trazida a lume, em nosso site, nesta segunda-feira 13), a sistemática resistência de algumas pessoas, em relação às suas vinculações a quadros sintomatológicos ou patológicos que elas pareçam acusar, pode indicar uma fuga de rota do caminho mais feliz para si mesmas. No que concerne a prestar socorros a determinadas criaturas, destarte, talvez seja o momento de lhes dar menos atenção, porque amiúde encontramos pacientes mergulhados, prazenteiramente, no vício de captar a piedade alheia, como um meio de sobrevivência emocional. O sermos mais enérgicos com tais “pacientes”, sugerindo que busquem, embora educadamente, resolver seu problema sozinhos, constitui-lhes a melhor terapia, por serem mais problemáticos do que depressivos propriamente. Com relação aos casos – digamos – “reais” de depressão, importa considerarmos que vivemos na “depressão” quando nos falta “elação”, ou seja: propósito para viver, estarmos na linha do que nos foi tracejado antes de descermos à reencarnação (tomo aqui a sua perspectiva, de espírito encarnado). Não faremos referência a uso de psicofármacos, porque há abusos nesse sentido. A maior parte dos casos de transtornos da personalidade e de infelicidades e inquietações gerais dos indivíduos na Terra resolver-se-ia por meio de aplicação construtiva do próprio tempo no bem comum. Atividades físicas e sociais seriam de excelente alvitre, outrossim.

(Delano Mothé) – Haveria algum significado na figura de um jumento nunca antes montado, sobre o qual Jesus entrou em Jerusalém (Marcos, 11: 1)?

(EE) – Sim, indica a “virgindade” (a pureza, n’outras palavras) do animal que está em completo alinhamento com o ego e o Self da Criatura – no caso, Nosso Mestre e Senhor Jesus, à entrada de Jerusalém. Para adentrar o “Reino dos Céus”, simbolizado na cidade sagrada aos judeus (e hoje também para cristãos e maometanos), onde se situava o famigerado Templo de Salomão (ícone para o “Centro do Ser”), indispensável fazer-se este alinhamento ou integração da personalidade, para que a “Totalidade”, ou “Arquétipo da Totalidade”, nos dizeres de Carl Jung, efetive-se, concretize-se, não só na vida interior, mas também nas atitudes do indivíduo – o que revela ter acontecido internamente, de modo profundo e pleno, o tal processo de (usando mais uma vez os dizeres do grande mestre suíço) “individuação”.

Jesus seria sacralizado. Mas não devemos nos esquecer de que este processo de sacralização começa com o sacrifício. O sacrifício que nos conduz à transcendência deve eliminar, de todo, as manifestações de prevalência do ego e do animal sobre a personalidade total, o que foi simbolizado ricamente no corpo de carne, exaurido e ensanguentado, suspenso da Terra, num madeiro em forma de cruz – a indicar o conflito supremo desta experiência –, simbolismo esse ainda mais reforçado por haver sido o Mestre Divino crucificado entre dois criminosos: um deles, em processo de redenção; o outro, persistindo no padrão da malevolência.

Aos pés da Cruz – não olvidemos, outrossim –, estava, de pé, Maria Santíssima, no exato instante em que Jesus, simulando ritualisticamente um desespero verbalizado que não sentia de fato, disse: “Pai, Pai, por que Me Abandonaste?”… Ela, porém, jamais o faria… nem à Humanidade inteira, até o fim dos tempos… Salve Maria Santíssima!… a Virgem das virgens, a Pureza intocada, traduzida, desde o princípio de sua pergunta, na “jumenta” (e não “jumento”, como nos formulou) que nunca foi montada, e sobre Quem Jesus pôde adentrar e concluir, plenamente, Sua Missão sobre a Terra.

(Diálogo mediúnico travado em 12 de setembro de 2010.)

 

(*) Houve mera diferença de dias nas duas coincidências de Eventos, e sabemos que, da parte dos encarnados, não se buscou qualquer acerto por ajustar datas.

(Nota do Médium)

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