Se você está fazendo o que pode, já está fazendo o seu melhor.

Não vincule seus sentimentos de competência, autorrespeito e autovalor a resultados que independem de seu poder direto de ação, por mais amplo que ele seja.

Há muitas variáveis em jogo, complexas, imprevisíveis, sumamente poderosas – porque relacionadas ao inconsciente coletivo e a outras forças psicoespirituais, fora de seu alcance de resolução e decisão.

Destarte, tranquilize sua consciência – por já estar fazendo o que é incumbência de sua responsabilidade – e prossiga em seu combate benemérito. Gênios Celestes observam e inspiram o seu trabalho de homem1 de bem. Tenha paciência e compreensão consigo mesmo. Você não pode fazer tudo sozinho.

É evidente que sempre há o que aprimorar no serviço que se presta à comunidade de que somos partícipes. Entretanto, que se busque isso sem angústia, autocobranças e autocondenações, que são não só injustas, mas contraproducentes.

Em última análise, confie, irrestritamente, nas Infinitas Benevolência e Sapiência da Divindade. Tudo está debaixo de delicadíssima e intrincada orquestração de eventos, que paradoxalmente respeita o livre-arbítrio de indivíduos e coletividades, como também intervém, quanto possível, no sentido de favorecer desdobramentos mais felizes ou, tão só, menos funestos, para a situação infortunada que você faceia.

Nos momentos de maior aflição, dentro do combate que você trava a favor do bem comum, dedique alguns instantes para orar e se entregar a Agentes do Mundo Maior.

Sim, pode parecer clichê, mas o fato é que, em última instância, tudo acabará bem, de acordo com o que seja plausível ocorrer, em considerando a intrincada e paradoxal relação entre iniciativas individuais e respostas coletivas de pessoas e grandes agrupamentos humanos.

Com carinho e respeito,

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
e um Espírito incógnito
LaGrange, Nova York, Estados Unidos
21 de outubro de 2022

1. Peço desculpas pela ausência, neste artigo, das flexões à feminilidade – que nos são habituais. Ele foi originalmente endereçado a um companheiro do gênero masculino, de tal maneira que solicitamos às irmãs em humanidade a gentileza de internamente ajustarem o texto ao gênero feminino. A Espiritualidade Sublime nos solicitou que preservássemos essa feição original da mensagem escrita a “duas mãos”.
(Nota do médium)