Blasfêmia e tragédia

A Vontade de Deus é onipresente e onipotente e, portanto, subsiste não só no início, mas também no fim de relacionamentos humanos, ensejando que os(as) envolvidos(as) vivenciem certo conjunto de aprendizados, durante determinado período de tempo.

Se alguém, tomado(a) de soberba, não aceita tão elementar lição, candidata-se, por Lei de Justiça e até de Misericórdia Divinas – baseadas na própria necessidade evolutiva dessa alma mais impermeável –, a sofrer, em sua existência, outros fins de ciclo mais dramáticos, como a morte física de um ente querido.

Compromissos relacionais de quaisquer naturezas, dos amicais e familiares aos conjugais e profissionais, vêm e vão. Experiências de rompimento de vínculos são fenômenos inexoráveis da vida e acontecem por meio do término de amizades, de demissões, de divórcios ou mesmo pelo óbito dos aparelhos de matéria densa.

E eis que, para alguns corações empedernidos, embora essa não seja a única razão-finalidade para tão dolorida ocorrência, um(a) filho(a) ou um(a) neto(a), uma figura parental ou um(a) consorte sumamente caro(a) lhes pode ser subtraído(a) do convívio, brusca e inesperadamente, pelos corredores traumáticos do falecimento, porque nunca é direito garantido de ninguém coisa ou situação alguma.

Que as criaturas humanas se precatem das blasfêmias. O orgulho e o ego querem ter razão a todo custo. Todavia, o custo, irônica e tragicamente, pode ser muito mais alto para o indivíduo arrogante que se coloca contra os Desígnios Celestes, já que a Divindade não consulta pessoa nenhuma para fazer cumprir Sua Perfeita Providência, assim como a lei da gravidade não aguarda crença ou opinião de quem quer que seja para precipitar um corpo, em queda livre, na direção do abismo…

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
LaGrange, Nova York, Estados Unidos
16 de fevereiro de 2023