
Exatamente com minha idade atual (55 anos), na imagem que ilustra este artigo, Marlene Dietrich, considerada por muitos(as) especialistas uma das maiores estrelas da história do cinema e a primeira diva LGBTQIA+ de que se tem conhecimento, contracenava com um colega 2 anos mais velho e outro 1 ano mais novo(!), no clássico “Testemunha de Acusação” (1957), assombrando plateias no mundo inteiro – que a acompanhavam, nas telonas, por três décadas –, com o quase mágico visual da mulher sempre magra, sem linhas no rosto, nem pele “solta” na face ou no pescoço – no popular: aparentemente sem rugas ou pelancas.
A mulher que gloriosamente enfrentara Hitler e havia animado as tropas das nações aliadas, na Segunda Guerra Mundial, ainda vivia, já ao término dos anos 50 (o que muito perduraria), a angústia de combater, a todo custo, os efeitos do envelhecimento, infelizmente antecipando os horrores do culto ao corpo e à juventude dos dias de hoje.
Quando foi vencida pela percepção de que não mais poderia ocultar os efeitos da passagem do tempo sobre o aparelho biológico, enclausurou-se em seu apartamento de Paris, donde só sairia falecida, 14 anos(!) depois…
Um alerta legou involuntariamente para as gerações futuras: por mais que parecesse mais jovem do que de fato era, também a “imortal” e icônica “Blonde Venus” (1932) um dia teve que abandonar o corpo envelhecido e morto, aos 90 de idade, em 1992…
Amanhã, 27 de dezembro, se estivesse encarnada, a protagonista de “O Anjo Azul” (1930) celebraria 124 anos (1901) – um marco etário geneticamente impraticável, segundo gerontólogos(as), que, por estudo vasto de documentos confiáveis, notam que nosso organismo material não suporta a ultrapassagem dos 120 janeiros de existência…
Mais uma vez e sempre, vale reforçar: tudo que diz respeito à matéria é transitório – só o Espírito importa e o que lhe seja concernente, incluindo as experiências adquiridas e as realizações que tenhamos oportunidade de canalizar, por intermédio da preciosíssima dádiva da reencarnação que a Infinita Bondade de Deus nos concede para nossa evolução individual e seus desdobramentos coletivamente partilhados.
Benjamin Teixeira de Aguiar
26 de dezembro de 2025
