Uma brincadeira de futurologia do Espírito Roberto Daniel, como um estímulo a revermos nossos conceitos fechados e nos abrirmos aos novos ventos da História.
Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito Roberto Daniel.
Neste ano, os primeiros “baby boomers” (*1) adentram a casa de 100 anos! A geração que criou revoluções por todas as décadas que viveu, desde sua adolescência, nos anos 60 do século passado, atinge agora a maioridade na “ancianidade” (*2). Mais um trunfo da humanidade a ser celebrado, neste centenário do término da Segunda Grande Guerra.
Com os recursos atuais da medicina e da farmacologia, eles têm a disposição e a vitalidade que os anciães jovens de 65 a 80 anos gozavam no início do século. Eles não querem apenas adiar a morte. Estão começando carreiras novas, alguns retornam à faculdade, e há notícia mesmo de certos vovôs serelepes que se empenham em adquirir Ph.D’s em áreas de conhecimento distintas das em que trabalharam na meia-idade, dos 60-80 anos, ou na juventude tardia, dos 40-60 de idade, tudo em busca de realizar sonhos juvenis, sonhos de sempre!…
Dando um acabamento divertido à nova turma de senhoras e senhores mais experientes, acompanhamos as primeiras cirurgias de mudança de sexo entre centenários, enquanto a esmagadora maioria dos que compuseram hostes conservadoras desta falange de anciães de três dígitos revê seus pontos de vista, lembrando-se de quando, muito mais jovens (com apenas 70 anos, por exemplo), julgavam que as relações homoafetivas ou as pesquisas genéticas, muito embrionárias (*3) à época, fossem movimentos humanos ou espirituais condenáveis.
Paul MacCartney, mais velho três anos que os mais velhos “baby boomers”, declarou, nesta madrugada, que voltou atrás na decisão de parar de cantar no seu aniversário de 103 anos, já no seu 25º mega-show no Brasil. Há quem diga que teremos novas surpresas, nos próximos decênios, com esta legião de rebeldes eternos!… Aguardemos…
Este repórter encerra por aqui, pedindo desculpas pelo extenso do artigo (*4). A data e os eventos a ela correlatos mereciam, no meu entender, esta nossa invulgar prolixidade.
Amanhã, torno à coluna com novas notícias sobre a recente fusão das zonas metropolitanas das capitais do Rio de Janeiro e São Paulo. Lamentavelmente (*5), apesar da queda de imigração para os dois gigantes centros urbanos, há mais de cinquenta anos, e do forte movimento de migração para capitais do Nordeste, atualmente todas com mais de dois milhões de residentes, o inevitável e definitivo abraço de pedra entre os antes “polos culturais do Brasil” (agora, unidade cultural, em polarização com as metrópoles nordestinas) aconteceu na nossa megalópole nacional de 55 milhões de habitantes. Acompanhe as novas celeumas jurídicas que pretendem limitar o transporte aéreo individual entre as duas massas do colossal ninho humano e dentro das próprias antigas regiões de São Paulo e Rio de Janeiro (*6).
[Texto (muito longo, para 2045 – risos) recebido em 29 de maio de 2012.]
Notas do Médium:
(*1) A geração assim nomeada por estudiosos de diversas disciplinas do conhecimento, a partir do “boom” de nascimentos que se deu, logo após o término da Segunda Guerra Mundial. Segundo alguns autores, essa geração se estende entre 1945 e 1960. A maior parte dos mais respeitados estudiosos dilata seu término para 1965.
(*2) Teria surgido, na conjectura do divertido mas inteligente Amigo Espiritual, um novo termo para distinguir integrantes da “terceira idade”, de modo a reforçar a dignidade de “anciães” e afastar a identidade de “velhice”, muito atrelada à expressão atual. Por outro lado, seriam considerados “maiores” nesta faixa etária, porque, para os padrões de algumas décadas à frente, haveria também os velhos ainda jovens na “ancianidade”, entre 80 e 100 anos (risos).
(*3) Roberto faz um trocadilho bem-humorado, com o termo “embrionário”, em função de hoje a polêmica ocorrer, como é sabido, no quesito das pesquisas genéticas com células-tronco provenientes de embriões humanos congelados, fadados a se converterem em lixo hospitalar, quando não aproveitados para fins científicos de salvar vidas e/ou restaurar-lhes a dignidade.
(*4) Não necessariamente ocorrerá tamanho encurtamento das publicações jornalísticas. Mas Roberto Daniel, creio que com intenção satírica, critica a tendência para (já presentes) excessos de superficialidade nas publicações de todas as ordens, cada vez mais breves, com leitores progressivamente mais distraídos e sequiosos de variedades, menos de profundidade… Por não haver espaço a síntese, depois de um certo limite ultrapassado em abreviar raciocínios, no coeficiente razoável de resumo possível na abordagem de um assunto, os temas amiúde são apresentados empobrecidos, e, com isso, incentiva-se o amesquinhamento da mente popular e da cultura como um todo.
(*5) Tendo o Revisor (Delano Mothé) me consultado a respeito da intenção do Autor Espiritual ao utilizar o “lamentavelmente”, para introduzir a notícia sobre a fusão das duas megalópoles brasileiras, esclareço que Roberto Daniel faz referência ao desafio complexo que constituiria, para a engenharia de urbanismo, o fato de São Paulo e Rio de Janeiro formarem um só conglomerado urbano.
(*6) A Mestra Espiritual Eugênia pediu para subintitular este artigo como “brincadeira”. Assim, as afirmações nele contidas (tais quais: o Brasil vir a ser a segunda potência econômica mundial em 2045, as zonas metropolitanas de São Paulo e Rio chegarem a se fundir, os dados relativos à demografia de ambas as capitais somadas ou das capitais nordestinas, e mesmo a existência de imbróglios jurídicos quanto a transportes aéreos individuais na megalópole “recém-surgida”) são todas hipotéticas e não proféticas, e visam a incitar nossas mentes, em busca de perspectivas criativas, além de estimular a autoestima nacional, no propósito de concretizar o destino grandioso do Brasil, que liderará espiritualmente os destinos da Terra, conforme previsto por Chico Xavier (Espírito Humberto de Campos), na década de 1930(!)
Observação da Equipe:
Benjamin de Aguiar tece comentários importantes sobre este artigo, numa gravação de áudio do dia 1º de junho de 2012. Para acessá-la, clique aqui.
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