pelo espírito Clóvis Mozart.

Em 1999, esperava-se o fim do mundo. Em 2000, os “profetas” do Apocalipse fizeram nova onda de vexame disseminar-se entre multidões, aturdindo corações incautos e mentes menos esclarecidas, com soturnas previsões para a virada de século e de milênio.

O mesmo se dizia para o ano 1000 da nossa era cristã. Milhões desbragaram-se a correr, sem rumo, em surtos de histeria coletiva, penitenciando-se, desesperados, ante a perspectiva de se encontrarem frente a frente com a “ira do Senhor”, que estaria na iminência de chegar e fazer o julgamento definitivo dos salvos e dos perdidos, por toda a eternidade…

Se vozes lhe aparecerem vaticinando a decadência e a desgraça de coletividades e indivíduos, precate-se: provavelmente são enganadoras, algumas com pérfidas intenções de ganho pessoal; outras atormentadas com os próprios sentimentos de conflito e necessidade de renovação, traduzidos, simbolicamente, em destruição cataclísmica de grupos inteiros ou da própria civilização no planeta.

E, ante esta constatação do bom senso e da história, trate de investir a energia que seria improdutivamente aplicada no medo em ação benemérita, na sua e na existência de outras pessoas. Fará melhor negócio e deixará de desperdiçar tempo e espaço mental com vãs e tolas preocupações, que não mais se justificam nos dias que correm, de instrução em massa e de pensamento de tom científico generalizado.

(Texto psicografado por Benjamin Teixeira, em 13 de março de 2006. Revisão de Delano Mothé.)