Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito Eugênia.

Você olha, triste, para o sem-número de vezes em que resvalou em erro. Supõe-se definitivamente condenado a um marnel de consequências nefastas. Corrijamos essa ótica: reduza a eternidade de dores para alguns dias de sofrimento justo de autoajuste, ou mesmo algumas horas, que constituirão a medida a que se retrairá seu padecimento infinito, se você souber se portar corretamente.

A dor só acontece para alertar sobre algo que está fora de foco. Retificando-se o enfoque, imediatamente o motivo de angústia desaparece. Sendo assim, sua postura deve ser interrogativa, reflexiva, e não depressiva. Ó, Deus, o que o Senhor pretende me ensinar com esta dor? O que está errado em minha conduta, em minhas atitudes, que mereça corrigenda, a fim de que sobrevenha o alinhamento da serenidade e do equilíbrio?

Grite ao mundo, hoje, seu brado de liberdade. Não admita mais ser manietado por forças que não condizem com seus planos de felicidade e de paz. Você sabe como agir – só precisa de suficiente determinação para se unir a seu coração, sua vocação, seu ideal, e resolutamente realizar seu sonho de bem-estar e plenitude.

Esperar situações ideais para agir no campo do essencial equivale a se condenar a eterno retorno, em condições pioradas, ao problema em que atualmente chafurda.

Agora é o momento. Hoje é o dia. A felicidade não é coisa que se adie. A dor não é algo que se prolongue. E você jamais será feliz se não estiver se dirigindo, ainda que apenas um milímetro todos os dias, à Casa do seu ideal, à Casa do Pai.

Você pode. Você consegue. Você fará, se realmente quiser.

(Texto recebido em 23 de dezembro de 2000.)