Jesus impediu o apedrejamento da adúltera.¹

Afirmou que o traidor da pátria, cobrador de impostos pelo império invasor, tivera seus pecados perdoados, no templo de Salomão.²

Repreendeu quem afastava as criancinhas que Lhe buscavam a atenção, em meio a tantos dramas adultos que O cercavam.³

Retornou, depois de “Ressurrecto”, primeiramente à pecadora conversa, antes de aparecer a qualquer de Seus(Suas) apóstolos(as).⁴

Asseverou que havia vindo à Terra para os(as) enfermos(as) e não para os(as) sãos(ãs).⁵

Chegou ao extremo de revelar que meretrizes e publicanos entrariam no “Reino dos Céus” antes de Seus(Suas) discípulos(as).⁶

Solicitou, ardorosamente, que perdoássemos as faltas de terceiros e até mesmo que amássemos os(as) próprios(as) inimigos(as).⁷

Isso porque, amiúde, um indivíduo condenado em determinada época e lugar pode tanto ser mera vítima de preconceitos e suas horrendas injustiças, quanto, noutras circunstâncias, padecer de ignorância ou falha de foco, no trato com as complexidades da vida, ou ainda sofrer de patologia da alma e do coração, eventualmente demandando corretivo, mas também, segura e principalmente, comiseração e misericórdia por sua infeliz condição.

Não importando o motivo, o Cristo deixou claro que a atitude de acusar e de se sentir superior, mais certo(a), mais justo(a) ou mais digno(a) do que outras pessoas, a típica postura farisaica, constitui um dos mais deploráveis erros em que o ser humano pode incorrer, a abominável hipocrisia, que lhe compromete o destino e lhe bloqueia a felicidade.

Preconceito, intolerância e moralismo conservador, em cada cultura e comunidade, ainda hoje costumam se camuflar de virtude, espiritualidade e fé, espalhando desgraça e infelicidade, a começar da vida de seus(suas) maiores propagadores(as), aqueles(as) mesmos(as) que se veem como referenciais de moralidade para julgar, definir ou condenar a conduta de seus irmãos e irmãs em humanidade.

As forças diabólicas são capciosas e sumamente perspicazes. Quase sempre se dissimulam sob as indumentárias do direito, da razão, da boa moral e dos “bons costumes”. Não por acaso, sugeriu o Verbo da Verdade, tão enfaticamente: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação”⁸.

Além da exortação óbvia à oração, a máxima crística propõe, em linguagem mais atual: seja mais inteligente e profundo(a), não se deixe seduzir pela hipnose cultural de seu tempo, localidade, área de trabalho ou campo de especialidade acadêmica, para que, pelo vício de ver com maus olhos os semelhantes, não acabe você mesmo(a) arrastado(a) ao precipício do próprio infortúnio.

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
21 de fevereiro de 2015

1. João 8:1-11.
2. Lucas 18:9-14.
3. Mateus 19:14.
4. Marcos 16:9.
5. Marcos 2:17.
6. Mateus 21:31.
7. Mateus 6:12 e 5:44.
8. Mateus 26:41.

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