Jesus preconizou aos(às) discípulos(as): “Que o seu ‘sim’ seja, de fato, um ‘sim’; e o seu ‘não’, um ‘não’”1.
Com semelhante exortação, quis explicitar que, no convívio social, as máscaras de conveniência são excessivas, ainda quando, em primeiro exame ou em nível consciente, pareçam bem-intencionadas e – ironia macabra – até soem, para muitos(as), moralmente necessárias.
A insinceridade educada facilmente se converte em insanidade enraizada ou em hipocrisia, omissão e irresponsabilidade com contornos amiúde criminosos.
De tal modo as pessoas aprendem, desde a mais tenra infância, a mentir para agradar, que a esmagadora maioria da população planetária tragicamente perde o contato com a própria consciência, com seus sentimentos, sua identidade, suas propensões originais, enterrando esses apanágios axiais da condição humana na sepultura do inconsciente e gerando, dessarte, transtornos, angústias e enfermidades sem fim, além de toda gama de calamidades nas relações interpessoais e seus inexoráveis reflexos em escala coletiva, como o revelam, com frequência alarmante e abrangência praticamente universal, os conflitos domésticos, a dissimulação sedutora no mercado profissional ou matrimonial, a genocida corrupção de governantes e administradores(as) públicos(as), os embates internacionais e as guerras fratricidas.
Os(as) habitantes da Terra mentem tanto e por tanto tempo, que acabam se incapacitando a reconhecer sua verdade pessoal e mesmo bloqueando a percepção da medonha falta que essa voz interior lhes faz, qual se ela nunca houvesse existido, qual se não houvesse gritado a plenos pulmões, por anos sucessivos, nos subterrâneos ocultos de suas psiques, até enrouquecer e ficar muda, paralisada, semimorta… matando-lhes, pari passu, a alegria de viver e qualquer ideia de propósito existencial.
Quem almeje felicidade ou autorrealização genuínas deve priorizar urgentemente a jornada pela busca de sua verdade singular, sua autenticidade, sua integridade, por meio de terapia e/ou aconselhamento abalizados, de estudo denodado dos assuntos essenciais à alma ou atinentes à espiritualidade, de esforço contínuo, persistente e disciplinado por reencontrar o próprio centro, o eixo visceral de si, a câmara sagrada onde reverbera a Voz de Deus para cada ser…
Por isso, lecionou o Cristo-Verbo Divino: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos fará livres”2. E, em complemento, igualmente declarou, categórico: “Em verdade, em verdade, vos digo: o Reino dos Céus está dentro de vós”3.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
14 de fevereiro de 2016
1. Mateus 5:37.
2. João 8:32.
3. Lucas 17:21.




