Na oferta de um copo d’água a alguém com sede na via pública, sacrifique o orgulho de só servir de modo grandioso.
Na doação de vulto a uma causa em que acredite, sacrifique o apego aos bens materiais, enriquecendo sua alma.
Na dedicação de seu tempo livre a uma atividade voluntária, sacrifique o capricho de investir as horas de repouso e lazer apenas em proveito próprio.
No empenho de seu coração e sua vida a um ideal humanitário, sacrifique o egoísmo narcísico que compele criaturas a viver em função de interesses e objetivos exclusivamente pessoais.
Sim, Jesus citou o profeta Oseias e lhe confirmou a revelação divina: “Misericórdia quero e não sacrifício”1. Entretanto, ao mesmo passo, sacrificou-Se integralmente a benefício de todos(as) os(as) componentes da humanidade terrena, até o coroamento de Seu suplício na ominosa crucificação.
O paradoxo é diluído, porém, quando se compreende que, sem sacrifício, nada de importante, valioso ou duradouro se conquista, mesmo no que tange à existência mundana.
No tocante ao domínio espiritual, todavia, o princípio do sacrifício, como moeda de troca para grandes realizações, não prescinde do espírito de alegria, gratidão e livre escolha, com o que se alcança a essência do exercício sacrificial, consoante a origem etimológica grega do termo, que implica a sacralização de quem se sacrifica.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
3 de setembro de 2016
1. Mateus 9:13 e Oseias 6:6.



