Um conceito mais maduro de vivência da felicidade inclui, necessariamente, uma maior e mais natural aceitação da ambiguidade, de situações fronteiriças entre o certo e o errado, bem como uma compreensão mais profunda sobre realização pessoal, que integre o inexorável faceamento e travessia de momentos de frustração, além de um entendimento mais lúcido sobre paz, que abarque os naturais conflitos da existência humana.

Quem aguarda por períodos de deleite puro, de tranquilidade e/ou satisfação de expectativas e ideais de ventura, sem sua contraparte de contrariedades e desafios, porta uma visão míope e infantil do que seja uma possibilidade plausível de concretização da felicidade, num mundo tão complexo, caótico e em plena transição entre seu colapso e sua eventual sobrevivência.

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
LaGrange, Nova York, EUA
21 de maio de 2023