Com voz maviosa e articulação magistral, Maria Cristo nos apareceu envolta em vestes reluzentes, transbordando amor e sabedoria indizíveis de Seu Olhar Búdico-Maternal.
Após breve aceno com a cabeça, proferiu um discurso sumário que poderíamos traduzir para o vernáculo lusófono nas palavras aproximadas que se seguem.
“Amai-vos uns(umas) aos(às) outros(as) como eu vos amei”1 – preconizou Jesus.
Não o amar pelos instintos, que pode ser bestial.
Não o amar pelas paixões, que tende ao diabólico.
Não o amar pelas afinidades, que amiúde é inconstante e raso.
Não o amar pelo dever ou responsabilidade tão só, que jaz árido e vazio.
Mas, sim, o amar com espírito de total entrega pelo bem do ser amado, sem desejar recompensas, sem expectativa de reciprocidade, sem guardar mágoas, sem esperar sequer por felicidade ou paz para si, no ato de amar ou como resultado futuro dessa expressão amorosa.
Esse é o amor que, mesmo em pequenas medidas, salva o mundo um pouco todos os dias, por energias e ações isoladas de anônimos(as) ou gente de vulto.
Asseverou o Cristo-Verbo, igualmente, que era “estreita a passagem para o Reino de Deus”2, aditando que viera ao mundo trazer a “espada” do combate espiritual e não a “paz” do menor esforço.3
Qualquer conquista nesse campo sagrado do autoaprimoramento, no entanto, constitui vitória imperecível e benefício ofertado a incontáveis criaturas, com imprevisíveis efeitos em cascata.
Não por outra razão, legou o Mestre da Verdade a Seus(Suas) discípulos(as) a célebre exortação, aqui parafraseada: “O(a) cristão(ã) é sal, fermento e luz na Terra. Brilhe a vossa luz diante do mundo.”4
O sal do esforço e sacrifício pessoais;
O fermento das realizações em prol do bem comum;
A luz que liberta e orienta, em meio à escuridão dos dédalos do ego humano e suas loucuras variadas e medonhas…
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
New Milford, Connecticut, EUA
22 de novembro de 2014
1. João 13:34.
2. Mateus 7:13-14.
3. Mateus 10:34.
4. Mateus 5:13-16 e 13:33.
