O perdão não é uma abstração poética nem uma mera regra religiosa ou ditame moralista. O perdão configura excelência psicológica e espiritual de um estado de lucidez e serenidade que permite ao indivíduo desvincular-se da ideia e do sentimento de ataque pessoal e, simultaneamente, conceder-se a bênção da desintoxicação de padrões mentais destrutivos e do desapego a situações, seres ou agrupamentos humanos.

Em outros termos, o perdão não raro pode ser seguido de afastamento de pessoas e ambientes, sem, todavia, carrear mágoa ou desejo de mal a terceiros, como também pode, em suas melhores expressões, até manifestar contornos de compaixão por criaturas ou comunidades que tenham demonstrado estar presas a ciclos viciosos de infelicidade e malevolência.

Quem não desenvolve seu potencial ao perdão, indispensável à vida em sociedade, em todas as escalas de intimidade ou distância dos laços, compromete gravemente suas chances de uma existência relativamente pacífica e feliz, diminui drasticamente sua capacidade de resolver problemas ou administrar crises, além de se converter psiquicamente num magneto cármico para atrair novas e virtualmente mais complexas circunstâncias de hostilidade, agressão e sofrimento a vivenciar, tanto na condição de vítima como na de agente do mal.

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
Aracaju, Sergipe, Brasil
11 de abril de 2024